segunda-feira, outubro 16, 2006

Podengos Portugueses a caçar


Este video é só para vocês verem como caçam os Podengos Portugueses, não são os meus,nem sou eu que estou com a espingarda (senão esse coelho tinha morrido)isso fica para outra altura,abraço a todos.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Repovoamentos



Apesar de e época de caça ter começado hoje decidi fazer uma publicação diferente, vou falar de como escolher o local para repovoamentos. Após alguma pesquisa encontrei alguma informação. Sendo o coelho-bravo a espécie mais popular em Portugal escolhi esta espécie para exemplificar.




De uma maneira geral, podemos dizer que são bons locais para acções de repovoamento com coelho, aqueles que oferecem possibilidade de refúgio, alimento e tipo de solo que permita a construção de tocas. Não devem ser largados muitos indivíduos em grandes áreas, mas sim poucos em áreas mais reduzidas, diminuindo o efeito da predação, atenuando o risco de contaminação entre animais e reduzindo a taxa de mortalidade nas primeiras semanas (principal factor de insucesso dos repovoamentos).

A zona deve proporcionar um mosaico de áreas agrícolas e pastagens, ou pousios, alternados com manchas de vegetação arbustiva. Se necessário deve ser acompanhada por uma gestão efectiva do habitat, por exemplo através da instalação de culturas para a fauna. Em estudos realizados em Espanha, demonstrou-se que a mortalidade, nas primeiras semanas, dos coelhos libertados era menor se existisse abrigo suficiente. Esta diminuição foi maior em zonas onde se proporcionou habitat de refúgio do que em zonas onde se efectuaram grandes acções de controle de predadores.

Os animais devem dispor de alimento suficiente, pelo que a data de solta deve coincidir com os períodos em que os pastos estão em crescimento, Outono e Primavera, principalmente. É imprescindível que nos primeiros dias, o alimento, sobre tudo o pasto, seja de igual características que o da precedência dos animais. Os coelhos têm preferência por gramíneas e cereais.

Os animais introduzidos precisam de tempo para se adaptar ao local e para se reproduzirem, por isso a caça deve ser evitada na época de caça imediatamente a seguir ao repovoamento. Posteriormente a pressão cinegética deve ser adaptada à capacidade reprodutiva da população e à sua dimensão.

As tocas já existentes na área escolhida, devem ser tratadas com insecticida em pó, 5 a 15 dias antes da largada. Isto serve para eliminar todo o tipo de vectores de doenças e carraças que possam transmitir alguma doença. Atenção no entanto que algumas vacinas necessitam desses mesmos vectores para serem eficazes.

Se a zona tiver poucos locais de refúgio ou tocas naturais em mau estado de conservação, devem construir-se tocas e abrigos artificiais com pedras, lenha, tubos, raízes de árvores, ou outros materiais. Estas devem ser construídas a menos de 25 metros de zonas de refúgios. Podem ser usados, por exemplo, o ramos resultantes da poda de árvores e da vinha, que amontoados no campo, constituem um bom local de refúgio.

Paralelamente, podem ser largados coelhos em parcelas vedadas, com cercas eléctricas, no entanto esta técnica tem como desvantagem um custo mais elevado e o facto da cerca não ser totalmente eficaz, pois os animais assilvestrados e outros predadores terrestres podem ultrapassar esse obstáculo.

Dependendo da zona de largada, é recomendável a realização de um controle de predadores racional, centrado nos animais assilvestrados (cães e gatos) e raposas (se estas existirem em grandes densidades) num raio de 2 km em volta da área de largada. Deve ser direccionado para a espécie que mais dano causa e deve ser realizado tendo em conta a legislação em vigor.


António Heitor
Gabinete Técnico da CONFAGRI